17 de setembro de 2025 Artesania Comunicação

Inova Unicamp noticia parceria da S Cosméticos do bem com a ProVerde

O projeto é para Avaliação do potencial de aplicação do subproduto da extração de bioativos lipofílicos da Artemisia annua

Projeto para aproveitamento integral do subproduto da extração de Artemisia annua une S Cosméticos do bem e ProVerde

Pesquisa aplica bioprocessos para upcycling e visa potencializar funcionalidades

Texto e fotos: Divulgação – S Cosméticos do Bem e ProVerde

S Cosméticos do bem e a ProVerde Processos Sustentáveis, duas empresas-filhas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), firmaram uma parceria com o objetivo de intensificar o aproveitamento integral do subproduto do processo tecnológico de extração da planta Artemisia annua. O projeto está na fase inicial e os primeiros resultados são considerados promissores.

A extração da Artemisia annua é feita por fluido supercrítico (SFE – Supercritical Fluid Extraction), tecnologia patenteada pela S Cosméticos do bem em cotitularidade com a Unicamp. O extrato obtido é rico em bioativos e análises técnicas apontaram que o subproduto, também. “A partir do resultado dessas análises sentimos a necessidade de fazer o upcycling, com novas tecnologias para geração de novos produtos”, explica Soraya El Khatib, CEO e fundadora da S Cosméticos do bem, empresa graduada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp), sob gestão da Agência de Inovação da Unicamp (Inova Unicamp).

Com isso, o subproduto vem sendo trabalhado pela ProVerde, startup vinculada ao Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, também sob gestão da Inova Unicamp. A ideia do projeto em parceria, Avaliação do potencial de aplicação do subproduto da extração de bioativos lipofílicos da Artemisia annua, é melhorar a performance, do ponto de vista funcional e biológico. “Por meio de bioprocessos, transformá-lo em um ingrediente que possa ser utilizado na linha cosmética”, reforça Paula Speranza, fundadora e diretora técnica da ProVerde.

O subproduto, cujo aspecto se assemelha ao de uma planta triturada seca, é submetido a bioprocessos. Esse tratamento transforma o material fibroso em um pó fino e solúvel. Conforme explica Paula, os bioprocessos aplicados quebram as fibras e o pó resultante fica muito mais solúvel. “Isso muda completamente a forma como ele pode ser usado”.

Como esse subproduto é naturalmente rico em proteínas, a ProVerde também desenvolve processos específicos para obter peptídeos – pequenas cadeias de proteínas com funções biológicas importantes. “Esses compostos podem atuar de várias formas, como antioxidantes, antimicrobianos e como precursores de colágeno, o que abre caminho para aplicações em produtos para a pele”, explica Paula. Segundo a pesquisadora, já foi identificado um bioprocesso capaz de gerar esses peptídeos, o que resultou em ganho de bioatividade no material.

“Iniciamos a parceria em junho e, em agosto, os primeiros resultados promissores foram obtidos”, comenta Soraya. A previsão de duração total do projeto de aplicação do bioprocesso e avaliação dos peptídeos e da funcionalidade é de quatro meses.

Sustentabilidade e inovação tecnológica em dermofitocosméticos

Na imagem, há dois recipientes contendo resíduos de extração da planta Artemisia annua em um fundo branco. Fim da descrição.

O subproduto da extração de bioativos lipofílicos da Artemisia annua é naturalmente rico em proteínas.

A expectativa com o projeto é o aproveitamento integral do subproduto. “Sem nenhum desperdício. É um processo verde, ecológico”, afirma Paula Speranza, da ProVerde. Com essas premissas, o projeto se encaixa no compromisso com a sustentabilidade, um dos propósitos da S Cosméticos do bem.

O processo de extração de bioativos da Artemisia annua utilizada pela empresa é uma tecnologia limpa, que elimina o uso de solventes orgânicos tóxicos, e resulta na obtenção de um extrato e de um subproduto igualmente limpos. De acordo com Soraya, a preocupação em aproveitar o subproduto do processo tecnológico de extração existe desde o início da atividade da empresa.

“Já desenvolvemos outros projetos para esse aproveitamento. Um deles foi o desenvolvimento de um sabonete esfoliante facial e de um creme esfoliante corporal que, em breve, serão lançados no mercado”, adianta Soraya.

O interesse em investir em upcycling – termo usado para se referir processos criativos e sustentáveis que transformam materiais descartados ou subutilizados em novos produtos – se deve à necessidade de pensar nas questões ambientais aliada ao desafio de aproveitamento da matéria-prima de forma integral, por meio de processos limpos e sustentáveis, com a possibilidade de ampliar funcionalidades.

Este é o primeiro projeto conjunto com a ProVerde. “É uma empresa de base tecnológica que tem se destacado em processos biotecnológicos para aproveitamento de resíduos para a indústria alimentícia”, aponta Soraya. “Temos complementaridade. A S Cosméticos do bem já está no mercado, com produtos. Nós, da ProVerde, trabalhamos mais na parte da pesquisa. Essa junção é muito interessante”, analisa Paula.

Sobre a S Cosméticos do bem

Fundada em 2011, a S Cosméticos do bem é uma empresa de base tecnológica que desenvolve dermofitocosméticos à base de Artemisia annua. Graduada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp), sob gestão da Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp), tem sede em Campinas (SP) e recebeu o apoio de instituições de renome, como Fapesp, Finep, Unicamp, Sebrae e Senai Inovação. Em 2023, conquistou o Prêmio Socioambiental, pela RAC/SANASA/Prefeitura Municipal de Campinas, e em 2022, o Selo iImpact, pela Fundação Dom Cabral e Innovation Latam – LATAM Positive Impact Startup. Em 2021, o reconhecimento veio com o TOP 10, pela 100 Open Startups, com a Empreendedora do Ano e com Impacto Socioambiental, estes dois últimos pela Inova Unicamp e Unicamp Ventures.

Sobre a ProVerde

A ProVerde Processos Sustentáveis é uma empresa de biotecnologia instalada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. Desde 2021, desenvolve processos que transformam resíduos e subprodutos vegetais em ingredientes inovadores e de maior valor agregado. As aplicações vão da alimentação e nutrição animal até o setor de cosméticos. A empresa já colabora com grandes companhias do setor de alimentos e ingredientes e seu trabalho recebeu apoio de importantes programas de inovação no Brasil e no exterior, incluindo a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o The Good Food Institute.

Fonte: Agência de Inovação Inova Unicamp, disponível em https://parque.inova.unicamp.br/projeto-para-aproveitamento-integral-do-subproduto-da-extracao-de-artemisia-annua-une-s-cosmeticos-do-bem-e-proverde/

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